50 anos da Guerra do Yom Kippur – Guerra do Dia do Perdão

Yom Kippur War

Conheça aqui os principais fatos em uma das mais terríveis guerras sofridas por Israel, onde o país foi atacado no Yom Kipur(Dia do Perdão) a 50 anos atrás, pegando de surpresa milhões que jejuavam e oravam neste importante feriado nacional, Israel  corria o risco de ser apagado do mapa mas por providência divina conseguiu se recuperar. A Guerra do Yom Kippur ocorreu dia 6 de Outubro de 1973.

Apesar da batalha, a vitória tardou mas veio, Israel recuperou suas posições antes da guerra e ainda tomou posição estratégica a 40 quilômetros de Damasco capital da Síria.

Cafetorah apresenta aqui um resumo em português da Guerra do Dia do Perdão.

A Guerra de Yom Kipur, Guerra do Ramadan ou Guerra de Outubro, foi um confronto armado armado entre Israel e os países árabes do Egito e Síria sendo mais um dentro do denominado conflito árabe-israelense, que ocorreu durante o mês de Outubro de 1973.

O Egipto e Síria iniciarão vergonhosamente o conflito no dia de Yom Kipur, quando em Israel a maior parte da população praticava o jejum e orações, afim de recuperar os territórios que Israel tomara desde a Guerra dos Seis Dias de 1967. Ambas os lados sofreram graves baixas, mas Israel manteve os territórios conquistados.

Causas da Guerra do Yom Kippur

O conflito durante muitos anos entre os judeus e árabes sobre o controle da Palestina havia dado lugar a guerras em 1948, 1956 e 1967. Na Guerra de dos Seis Dias, Israel havía conquistado a península do Sinai e a faixa de Gaza, que até este momento se encontravam nas mãos de Egito; as Colinas do Golan, a Síria; e a parte de oriental de Jerusalém era administrada por Jordânia. Em 1968, a ONU adotou uma resolução exigia a volta do estado de Israel as sua fronteiras originais em troca do reconhecimento dos países árabes do direito de Israel de existência. Sem dúvida alguma, nenhum dos lados adotou a resolução e os confrontos nas fronteiras se tornaram constantes.

O substituto do Presidente egípcio Nasser, Anwar el-Sadat, realizou uma ofensiva diplomática para a retirada de Israel e ainda assim se preparou para atacar Israel. A pesar de diversas resoluções da ONU, Israel se recusou a retirar-se sem garantias de paz, com apoio público dos Estados Unidos, crendo ambos na incapacidade de dos exércitos árabes para lançar uma ofensiva.
No entanto, a União Soviética, que apoio as nações árabes durante as guerras anteriores, havia provido ao Egito novos e modernos materiais militares. Egito e Síria, a través do presidente Hafez al-Assad, tinham o objetivo comum do ataque contra Israel, mas os Sírios não aceitaram, em caso de vitoria, iniciar processo diplomático de paz, nem mesmo reconhecer o Estado de Israel.

Anwar el-Sadat, presidente do Egito.

Em 1972, Sadat havia nomeado a Ahmad Ismail Ali, Ministro da Guerra. No mesmo ano Leonidas Breznev havía pedido a Sadat que apoia-se una política de moderação por causa do fracasso dos intentos anteriores. Sem sucesso, o Egito de forma cega, se glorificou do apoio soviético. Ismail ascendeu ao cargo de Comandante Chefe dos Exércitos do Egito, Síria e Líbia, em virtude do acordo realizado, criaram a Federação das Repúblicas Árabes, Egito confiou na esperança de que Síria entraria numa ofensiva de grande escala, o que permitiria o triunfo contra Israel. O interesse da Síria não era só o fruto do panarabismo(sonho árabe da conquista mundial através do radicalismo), e sim porque este país vinha recebendo suprimentos soviéticos de armas em grande escala, nem como os Misseis Sam e aviões MiG-21. Em 12 de Junho de 1973, Sadat visitou a Síria e realizou um acordo com Assad para fazerem juntos um ataque “definitivo” contra a nação de Israel. A operação se chamaria Operação Badr (Operação Lua Cheia).
Em 13 de setembro, em um curso de manobras aéreas segundo os Sírios, e para um perseguição, segundo os israelenses, treze caças de de fabricação russa(MIG), da Síria foram derrubados pelas Forças de Defesa de Israel sobre o Mar Meriterrâneo, o que provocou que Assad exigiu do Egito que inicia-se o ataque contra Israel o mais rápido possível.

A Guerra do Yom Kippur

Em 6 de Outubro de 1973, no dia de Yom Kipur, festa judaica, Egito e Síria lançarão seu ataque contra Israel. A data havia sido escolhida cuidadosamente do ponto de vista tático, em que a maioria da população civil israelense estava jejuando e se encontraria nas sinagogas, os comandos de defesa estariam em número menor, pois muitos estariam de folga neste dia, afim de participar do Yom Kipur. A data tinha mais uma conotação simbólica para os muçulmanos, pois segundo o calendário Muçulmano, em 6 de Outubro, Maomé decidira iniciar a Batalha de Badr, que foi a primeira vitoria muçulmana contra os infiéis da tribo de kuraich.

Guerra do Yom Kippur nas Colinas de Golan

A ofensiva Síria

Os caças Sírios MIG 17 invadiram o espaço aéreo israelense as 14:00 horas na região das Colinas de Golan onde começaram a atacar tanques, blindados e posições do Quartel General das Forças de Defesa de Israel na região, principalmente com incursões desde Nafah, Druze e Kuneitra.

Ao lado Golda Meir, Primeira Ministra de Israel quando iniciou a guerra.

Nesta última, a artilharia Síria bloqueou a região para eliminar os tanques israelenses, iniciando a penetração de suas próprias forças de artilharia blindada por toda a frente de combate. Por sua vez, o exército egípcio cruzou rapidamente o canal de Suez, superando os primeiros postos de defesa israelense. O exército sírio estava consciente de sua inferioridade, por isso tratou de se espalhar o mais rápido possível, antes de que os israelenses tomassem posições melhores.
O Alto Escalão das Forças de Defesa de Israel concentraram seus esforços bélicos primeiramente na região norte, pois península do Sinai era um tanto ampla que mesmo os egípcios teriam dificuldade em superar, mas as Colinas de Golan, uma faixa relativamente estreita, podería permitir aos sírios uma fácil conquista.

Os primeiros ataques aéreos israelense foram desastrosos frente a defesa antiaérea síria. Os israelense perderam mais de quarenta aviões F-4 Phantom II e A-4 Skyhawk, o que causou a suspensão dos ataques.

No fim do primeiro dia, as tropas sirias haviam alcançado um de seus objetivos fundamentais, o monte Hermon, visto que a maioria dos blindados israelense haviam se retirado ou abatidos. O Mar de Galileia era o segunde objetivo sírio, visto que sua artilharia já estava posicionada nos desfiladeiros no sul de Golan, atacando a forças em retirada. No dia seguinte, 7 de Outubro, os blindados israelenses se encontraram em uma emboscada nocturna siria bem próximo de Nafah, onde carros de combate do tipo T-62, com os mais antigos T-50 y T-55 russos deram conta dos Sherman de Israel, permitindo o avanço sírio ainda mais adiante de Nafah, oito quilômetros no interior de Israel. Mais ao norte, a situação era estável, graça a ações da aviação e ao forte desgaste do exército israelense.
O contra-ataque de Israel

Em 8 de Outubro de 1973, comandos blindados israelense iniciaram um contra-ataque para deter o avanço sobre Galileia pela região sul das Colinas de Golan. Se utilizou muito pouco a aviação, em vista as baixas dos primeiros dias, e se empregou a fundo a superioridade dos blindadas israelenses. Em 48 horas de contra-ataque, os sírios se encontravam novamente nas posiciones iniciais antes da guerra, com perdas materiais superiores a 80%.

Na frente norte, a pressão sobre os sírios foi aumentando, com um grande número de baixas. Este abandonaram a Kushniya e foram superados nas trincheiras. A ação persistente de Israel foi surpreendida novamente por um ataque sírio em 9 de Outubro em Kuneitra que durou várias horas. Finalmente, os sírios que necessitavam de suprimentos para manter suas tropas de blindados e veículos de transporte, tiveram que enfrentar a ação da Forças de Defesa, e foram abatidos e superados pelos israelenses. No dia 10 de Outubro, os problemas na frente siria permitiram a aviação israelense atuar destruindo diversas unidades sirias isoladas causando um grande numero de baixas e perdas de equipamento. As poucas forças restantes se retiraram para fronteiras anteriores ao início da guerra. No dia 8 de Outubro, a aviação israelense havía atacado pontos estratégicos do Alto Comando sírio em Damasco, em resposta aos mísseis Rana-7 que los sírios havían lançado sobre a população israelense.

A moral siria havía caído desde então. Em 11 de Outubro, forças blindadas de Israel haviam penetrado até o coração da Síria pelo lado Norte, tomando o monte Hermon, avançando em direção a capital, Damasco. Por causa do avanço rápido das tropas israelense, tropas iranianas cruzaram a fronteira afim de apoiar o exército sírio, as quais foram rapidamente eliminadas na região estratégica de Tel Shams, mesmo tendo recebido apoio de unidades blindadas da Jordânia.

Por causa destas novas posições, Israel estava situado somente a 40 quilômetros da capital da Síria, ameaçando-a até mesmo com a sua artilharia blindada, sem a necessidade de aviões de combate.

A Guerra do Yom Kippur no Sinai

A ofensiva egípcia no Sinai

Tropas egípcias de infantaria entre sete e oito mil homens cruzarão o Canal de Suez e ocuparão posições de norte a sul (Kantara, Ismailia e Shalufa) armados mísseis anti-tanque e mísseis antiaéreos SAM 7 de fabricação russa. Diante dos primeiros movimentos de blindados israelense a resposta da infantaria causou numerosas baixas e permitiu as unidades a se dispersarem no território e receber um segundo regimento para conquistar precárias posições israelense. O egípcios destruíram centenas de casas e algumas pequenas bases israelenses na região.
Após a infantaria, as forças de construtores e engenheiros egípcios conseguiram abrir uma abertura de quarenta metros através do muro de contenção e defesa, estabelecendo a comunicação das vias do Canal com dezenas de transportes fluviais e outras tantas pontes. Durante a noite cinco divisões de infantaria conseguiram atravessar o Canal de Suez com mais de quinhentos carros de combate. O objetivo egípcio era tomar posições na península na costa, não era possível o avanço dos blindados. Para apoiar a ofensiva, os helicópteros vinha atacando por trás as posições israelenses.

Em 8 de Outubro la zona sul da península se dividiu em três setores pelos israelense para o inicio de um contra-ataque que lhes devolveria o Canal de Suez e quebra-se o exército egipcio. O primeiro ataque em Ismailia foi um fracasso; o segundo, sob o comando do general Ariel Sharon, conseguiu chegar ao Canal de Suez pelo Grande Lago Amargo, ma um tanto frágil, por ter que enfrentar o avanço sob a direção do alto Comando das Forças de Defesa, mesmo sofrendo grande baixas, manteu-se a posição

Em 11 de Outubro, o exército egípcio tomou a decisão de avançar suas posições até o interior da península do Sinai em uma arriscada manobra que obrigava a deixar os blindados de apoio da retaguarda na linha de frente. A ação foi realizada a pedido sírio a Sadat para aumentar uma pressão contra Israel afim de Israel recuar de suas posições nas colina de Golan.

Contra-ataque israelense no Sinai

Em 14 de Outubro cerca de quinhentos blindados egípcios iniciram seu avanço sobre todo o centro e a costa sul da península, sendo enfrentados em toda a região pelos israelense que, conhecendo os planos inimigos e certa falta de equipamento e munição, preferiram esperar. A arriscada operação obrigou a um recuo egípcio com mais de duzentos blindados abatidos pelas Forças de Defesa de Israel. Esta situação favoreceu finalmente um contra ataque israelense sem precedentes.

O general Ariel Sharon na época das batalhas.

Durante a primeira semana da guerra, Síria e Egipto poderiam causar danos as Forças de Defesa de Israel e até mesmo ocupar parte dos territórios, mas deficiência nas comunicações entre as forças inimigas de Israel faziam os ataques serem descoordenado.

Na noite de 15 de Outubro, Ariel Sharon, com três brigadas blindadas, uma brigada de infantaria e unidades para-quedistas de uma comando de elite e mais um grupamento de engenheiros iniciou uma operação afim de alcança a orla oriental do Canal de Suez frente a 21º Brigada Egípcia comandada por Sad Mam.

Apesar de chegarem ao canal, não puderam cruzar o mesmo na mesma noite. Em 16 de Outubro de 1973 um grupo reduzido de para-quedistas israelenses chegou a sua margem ocidental, mas um forte grupamento egípcios blindado impedia o avanço das tropas de Israel. Em 17 do mês alguns carros blindados conseguiram atravessar o canal, mas por causa da artilharia egípcia pesada sobre os israelense, optou-se para cessar o avanço.

Na madrugada entre 17 e 18, as Forças de Defesa de Israel entraram pela região do Grande Lago Amargo, sendo que muitos nos mísseis anti-blindados já haviam sido destruídos, finalmente Israel reconquistara o Canal de Suez.